A má distribuição do peso, devido ao formato das malas de senhora, e o conteúdo transportado são dois dos principais fatores que contribuem para uma carga exagerada e prejudicial para a coluna de muitas mulheres. O alerta é dado pela Associação Spine Matters, que recorda a importância de uma seleção regular do que se traz na mala, mas também de uma escolha mais atenta das suas caraterísticas, no momento da compra.
Alças largas, mais almofadadas e com a opção de transporte na diagonal são características que vemos presentes nas mochilas escolares. No entanto, as carteiras das senhoras falham em quase todos os requisitos importantes para evitar problemas associados à coluna. Embora as “clutches” resolvam a última questão, por serem malas mais pequenas, mas com uma alça longa que permite uma utilização conforme pretendido, essa mesma alça é demasiado fina e, por vezes, em materiais completamente desaconselhados, como as correntes. Quando muito pesadas, poderão mesmo contribuir para um corte da circulação.
“LIMPEZA” REGULAR
De acordo com o Dr. Luís Teixeira, médico ortopedista, especialista em patologia da coluna e fundador da Associação Spine Matters, o transporte permanente de mais de 5% do peso corporal é o grande responsável pelas dores de costas de boa parte das portuguesas: “É fundamental que seja feita uma ‘limpeza’ regular do conteúdo transportado. Popularmente, costumamos brincar com a quantidade de objetos que cabem numa mala de mulher. No entanto, este é um ponto importante.
Às vezes, algo tão simples como remover as moedas espalhadas poderá fazer a diferença, tal como a opção por produtos de maquilhagem mais pequenos, livros de bolso em vez dos de tamanho regular e o transporte de comida numa bolsa à parte”, explica. Embora nem sempre as dores sejam associadas à má utilização da mala, quando persistentes ou transformadas em rigidez ou formigueiros, é fundamental consultar um especialista.